A poucos quilómetros da aldeia da Bordeira seguindo, actualmente, pela estrada serpenteada, ladeada por vegetação, o cheiro da maresia leva-nos ao encontro da aldeia da Carrapateira e suas gentes.
Marcada pelos recortes irregulares das falésias aqui todas as rochas tem nome, entre os quais, Lage do Mazagão, Pontal, Canhestros, Parede das Pias, Pedra da Galé…
Caracterizada pelas suas casas térreas bem juntinhas, a sua malha urbana hoje em dia encontra-se dispersa sabiamente pela encosta do monte, e pelos terrenos baldios transformados em loteamentos do outro lado da estrada que separa a aldeia histórica da parte” nova”, exprimindo a vontade da sua população de resistir ás fortes investidas dos ventos frios trazidos pelo mar, condicionando a fisionomia da localidade e a modelação da sua paisagem.
Os enormes telhados de uma só água persistem nas casas mais antigas, evidenciando-se atualmente as casas de dois pisos e telhados de duas águas.
No seu aglomerado urbano ainda podemos contemplar a Igreja da Nossa Senhora da Conceição rodeada por uma fortaleza construída em 1673 por D. Nuno Cunha de Ataíde e um moinho antigo aproveitado para moradia deixando a descoberto a sua traça original.
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